Intervenção da Saúde Mental nos Incêndios
Em cumprimento da alínea m) do nº 2 da Resolução do Conselho de Ministros nº 101-A/2017, de 6 de julho, o Secretário de Estado Adjunto e da Saúde, determinou, pelo Despacho n.º 6837/2017, publicado no D.R., 2ª série, de 8 de agosto, a constituição de «uma Comissão de Acompanhamento da população afetada pelos incêndios que atingiram os concelhos de Castanheira de Pêra, Figueiró dos Vinhos, Góis, Pampilhosa da Serra, Pedrógão Grande, Penela e Sertã, especificamente no que respeita à resposta na área da saúde mental», tendo como objetivos:
a) Promover e assegurar a acessibilidade aos cuidados de saúde por parte das populações, em tempo adequado, valorizando as soluções de proximidade;
b) Coordenar as intervenções, quer as de natureza preventiva, quer as de ação terapêutica, já realizadas ou a realizar;
c) Caraterizar a população em risco, tendo em conta as perdas sofridas, a sintomatologia evidenciada, os recursos individuais e do sistema familiar em causa e os antecedentes psicopatológicos revelados, com especial atenção às situações de risco de suicídio;
d) Dinamizar as equipas comunitárias, multidisciplinares, envolvendo os diversos profissionais de saúde mental, de modo a integrar respostas concertadas junto da população em risco;
e) Articular as ações, designadamente com as entidades locais, nomeadamente autarquias e instituições sociais e solidárias, de modo a garantir sinergias nas intervenções;
f) Estabelecer normas de orientação para a estruturação de respostas na área da saúde mental em situações futuras de calamidade, com esta dimensão e impacto;
g) Assegurar informação atualizada junto da comunicação social sobre as ações empreendidas, de modo a obter a sua colaboração na necessária informação à comunidade.
Considerou a Comissão dever assentar o seu trabalho em quatro vetores principais:
- Promover e assegurar a acessibilidade aos cuidados de saúde por parte das populações, em tempo adequado, valorizando as soluções de proximidade, coordenando as intervenções, quer as de natureza preventiva, quer as de ação terapêutica, através da dinamização das equipas comunitárias, multidisciplinares, envolvendo os diversos profissionais de saúde mental, de modo a integrar respostas concertadas junto da população em risco;
- Assegurar informação atualizada junto da comunicação social sobre as ações empreendidas, de modo a obter a sua colaboração na necessária informação à comunidade e facilitando a articulação das ações, designadamente com as entidades locais, autarquias e instituições sociais e solidárias, de modo a potenciar sinergias nas intervenções;
- Caraterizar a população em risco, tendo em conta as perdas sofridas, a sintomatologia evidenciada, os recursos individuais e do sistema familiar em causa e os antecedentes psicopatológicos revelados, com especial atenção às situações de risco de suicídio;
- Produzir recomendações para a estruturação de respostas na área da saúde mental, em situações similares futuras de calamidade, com esta dimensão e impacto, a nível local, regional ou nacional, equacionando modelos de intervenção na comunidade, em articulação com o poder local, com os serviços da segurança social, com os diferentes cuidados de saúde, bombeiros, comunicação social, associações particulares de apoio, e outras estruturas relevantes da comunidade.
Consulte o Relatório da Comissão de Acompanhamento da população afetada pelos incêndios aqui.
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Contributos da Associação de Familiares das Vítimas dos Incêndios de 17 de Junho e de 15 de Outubro de 2017 | abril 2018
Relatório da Resposta dos Serviços de Saúde Mental Comunitária – situação a 9 de março de 2018 | março 2018
Atualização da lista de vítimas e familiares de vítimas a nível da ARSLVT | dezembro 2017
Ponto de Situação sobre a evolução da resposta dos Serviços de Saúde após a fase aguda dos incêndios de 1 de julho a 15 de setembro de 2017 | setembro 2017
Colaboração da PSP na intervenção em crise, em situações de catástrofe
Data de Atualização: 07-06-2018 -
Saúde Mental em situações de Emergência e Catástrofe: Enquadramento | 2018
O Concelho de Penacova e os Incêndios de outubro 2017 | março 2018
Comissão de Acompanhamento da população afetada pelos incêndios – Repositório das Minutas das atas | 2017-2018
Projeto de Resolução n.º 1007/XIII/2.ª – Recomenda ao Governo que proceda à criação de uma equipa de intervenção psicológica de resposta aos incêndios de Pedrógão Grande, Castanheira de Pera e Figueiró dos Vinhos | julho 2017
Como ajudar Crianças e Adolescentes a superar Catástrofes
Fluxograma – Vítimas dos Incêndios no Concelho de Penacova
Linhas Orientadoras de Intervenção – Centro Hospitalar Tondela-Viseu
Panfleto – Catástrofes e Reações Psicológicas
Panfleto – Direitos e Apoios para Vítimas de Incêndios
Proposta de texto – “O Meu Luto”
Data de Atualização: 07-06-2018 -
A Comissão, presidida pelo Presidente do Conselho Nacional de Saúde Mental Dr. António Alfredo de Sá Leuschner Fernandes, integrou os seguintes elementos:
a) Dr. Álvaro Andrade de Carvalho, psiquiatra, Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção-Geral da Saúde;
b) Dr. António Pires Preto, psiquiatra, Coordenador do Gabinete Técnico de Saúde Mental da Administração Regional de Saúde do Centro, I. P.;
c) Prof. Doutora Teresa Maia Correia, psiquiatra, Coordenadora do Gabinete Técnico de Saúde Mental da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, I. P.;
d) Dr. Henrique Botelho, Coordenador da Reforma do Serviço Nacional de Saúde, na área dos Cuidados de Saúde Primários;
e) Enf.ª Helena Quaresma, enfermeira, representante da Ordem dos Enfermeiros no Conselho Nacional de Saúde Mental;
f) Prof. Doutor Samuel Antunes, psicólogo, representante da Ordem dos Psicólogos no Conselho Nacional de Saúde Mental;
g) Dr.ª Patrícia Teixeira da Silva, assistente social, representante da Associação Portuguesa dos Profissionais de Serviço Social no Conselho Nacional de Saúde Mental;
h) Prof. Doutor Daniel Sampaio, psiquiatra, Professor Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa;
i) Prof. Doutor António Barbosa, psiquiatra, especialista nos processos de luto, Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa;
j) Prof. Doutor Fausto Amaro, sociólogo, Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas da Universidade de Lisboa;
k) Dr. Fernando Passos, psicólogo, representante da Policia de Segurança Pública na Comissão Técnica de Acompanhamento da Reforma da Saúde Mental (CTA);
l) Dr.ª Sónia Cunha, psicóloga, do Instituto Nacional de Emergência Médica, I. P.;
m) Dr.ª Ana Araújo, psiquiatra no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), coordenadora das equipas de saúde mental comunitária, nos concelhos afetados;
n) Dr. João Redondo, psiquiatra, coordenador do Centro de Prevenção e Tratamento do Trauma Psicológico do CHUC;
o) Dr. Pedro Pires, pedopsiquiatra, assessor da Direção do Programa Nacional para a Saúde Mental da Direção- Geral da Saúde;
p) Dr. Jorge dos Santos Lopes da Costa, representante da Associação dos Familiares das Vitimas de Pedrogão Grande.Foram posteriormente incluídos, por cooptação, aceite pelo Senhor Secretário de Estado:
q) Dr. João Pedro Travassos Carvalho Pimentel, Diretor do Departamento de Saúde Pública da ARS Centro;
r) Drª Isabel Pereira Santos, do Gabinete de Comunicação do Ministério da Saúde.Devido ao falecimento do Dr. Álvaro de Carvalho – em relação ao qual a Comissão formulou um voto de pesar –, a fase final da elaboração deste Relatório foi acompanhada ativamente pelo novo Diretor do Programa Nacional para a Saúde Mental, Prof. Doutor Miguel Xavier.
A Comissão foi apoiada pela Dr.ª Maria Manuel Carneiro, da Secretaria-Geral do Ministério da Saúde, quer durante as reuniões, quer na sua preparação, tendo sido substituída em duas delas pela Dr.ª Sofia Manso.
Data de Atualização: 07-06-2018